segunda-feira, 3 de dezembro de 2007



Escrevo-te de perto, como se a mão

te fosse objecto breve aflorado,

como se da rua te chegasse

a certeza pequena para a compra

dos minutos seguintes. De perto

como o sol, como a cigarra.

Como um silêncio cheio

que te viesse aos olhos de manhã

e amar-te fosse a roupa

escolhida ao começar o dia.


Pedro Tamen


(Foto: Pormenor casa da aldeia.)

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