quinta-feira, 6 de dezembro de 2007

Aqui onde o exílio dói...



Aqui onde o exílio

dói como agulhas fundas,

esperarei por ti

até que todas as coisas sejam mudas.


Até que uma pedra irrompa

e floresça.

Até que um pássaro me saia da garganta

e no silêncio desapareça.


Eugénio de Andrade


(Foto: Trilho Abadia-São Bentinho.)

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